Quinto Constitucional: Acompanhe a sabatina da candidata Ana Paula Azevedo
A candidata Ana Paula da Silva Azevedo, foi sabatinada pelos conselheiros Márcia Santos e Saulo Amazonas. Com quase 15 anos de experiência na advocacia, atuando principalmente na área de direito civil, Ana Paula também é professora universitária e doutoranda em direito pela Universidade Federal de Pernambuco.
Tema 2: Poder Judiciário em geral. Funcionamento do TJPE
A conselheira Márcia Santos iniciou a sabatina questionando a candidata sobre o horário de funcionamento do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), que atualmente opera apenas das 8h às 14h, gerando reclamações de advogados, especialmente do interior do estado. A conselheira indagou se Ana Paula, caso eleita, teria alguma proposta para apresentar ao TJPE a fim de retomar o funcionamento em horários mais amplos, que facilitem a atuação dos advogados.
Ana Paula reconheceu a sensibilidade do tema e afirmou que a garantia das prerrogativas da advocacia e o acesso à justiça são pilares inegociáveis. Embora compreenda as limitações de um desembargador proveniente do quinto constitucional, a candidata se comprometeu a atuar como uma “ponte” entre a advocacia e o Poder Judiciário, buscando reavaliar e revisar os critérios relacionados ao acesso à justiça e ao funcionamento do TJPE. Para isso, defendeu um diálogo aberto, franco e transparente com a advocacia.
Ana Paula complementou sua resposta afirmando que a acessibilidade vai além de portas abertas, englobando também uma escuta empática e acolhedora por parte do Judiciário. A candidata propõe um gabinete que atenda advogados e advogadas de forma integral, independentemente da urgência, utilizando diferentes mecanismos de comunicação para atender às necessidades da advocacia plural, como atendimento presencial, videoconferência, WhatsApp e ligações telefônicas. Seu compromisso é com uma gestão eficiente, célere, comprometida com o acolhimento e o respeito às prerrogativas, com acessibilidade para todos.
Tema 6: Relacionamento com a OAB e com a advocacia
O conselheiro Saulo Amazonas questionou Ana Paula sobre a importância de valorizar a advocacia junto ao TJPE e como a candidata pretendia se relacionar com a classe e a OAB. O conselheiro indagou se Ana Paula considerava importante a criação de um fórum permanente de debate com os desembargadores vindos do quinto constitucional para manter a sintonia com as demandas da advocacia.
Ana Paula concordou com a importância de um fórum permanente de diálogo e reconheceu o sucesso de diversos desembargadores vindos do quinto constitucional. A candidata defende que o diálogo é fundamental para aprimorar e aperfeiçoar as práticas do Judiciário, além de promover a oxigenação do sistema. Sem diálogo, não há efetiva prestação jurisdicional, respeito às prerrogativas da advocacia ou justiça.
A candidata se comprometeu a manter um canal aberto e permanente com a OAB e a advocacia pernambucana, garantindo a revisão e implementação de medidas que atendam às expectativas da classe, além de fomentar boas práticas e desenvolver novas, inspirando-se em outros tribunais. Ana Paula enfatizou a importância de os desembargadores vindos do quinto constitucional jamais se esquecerem de sua origem e do compromisso com a advocacia.
Ana Paula complementou sua resposta ressaltando a importância de ouvir não apenas a OAB como instituição, mas também a advocacia como um todo, incluindo advogados autônomos, jovens advogados e aqueles que atuam em cidades do interior. A candidata acredita que o Judiciário deve ser acessível a todos e que a advocacia tem um papel fundamental na garantia do acesso à justiça.
Pergunta do Público: Impossibilidade de fixação por apreciação equitativa de honorários de sucumbência em causas de alto valor
O advogado Gustavo Freire, OAB 17.244, questionou o posicionamento da candidata em relação a julgamentos que não observam a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre a impossibilidade de fixação por apreciação equitativa de honorários de sucumbência em causas de alto valor, recusando a aplicação dos parâmetros mínimos do artigo 85 do Código de Processo Civil.
Ana Paula afirmou que o tema dos honorários advocatícios é recorrente em suas conversas com a advocacia e que seu compromisso é com o respeito ao Estatuto da Advocacia e ao Código de Processo Civil. A candidata reconhece o entendimento do STJ sobre o tema e se compromete a combater o aviltamento dos honorários advocatícios.
Como desembargadora, Ana Paula pretende reforçar seu compromisso com a classe, combatendo a prática de fixação de honorários abaixo do mínimo legal e promovendo o diálogo no TJPE sobre a importância de respeitar os precedentes, as orientações das cortes superiores e a legislação.
Ana Paula destacou a importância do pleito com previsão de paridade e cotas raciais. A candidata reforçou seus compromissos com a classe, com a garantia das prerrogativas da advocacia, com a acessibilidade e com um Judiciário eficiente, voltado para a prestação de serviços à sociedade.
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