Em um dia comum no sertão, uma audiência de custódia movimentou a cidade de Carnaíba. O protagonista era um jovem agricultor, preso e levado para uma audiência no Fórum de Afogados da Ingazeira. O clima, que deveria ser apenas mais uma formalidade da justiça, se tornou inesperadamente tenso.
O juiz iniciou a sessão, explicando os objetivos da audiência e questionando o custodiado sobre sua prisão. O jovem, calmo, confirmou seus dados, disse que não havia sofrido violência e que sua família estava ciente da situação. Tudo parecia seguir seu rumo habitual.
No entanto, o que ninguém imaginava era que a confusão começaria não por parte do preso, mas do policial civil responsável pela custódia. Durante a audiência, o policial se exaltou e acabou cometendo desacato e ameaça ao magistrado que presidia a sessão. O juiz, firme em sua postura, deu voz de prisão ao policial, em pleno exercício da função.
A partir daí, a audiência seguiu seu curso com um clima de surpresa no ar. O Ministério Público pediu a homologação do flagrante e a concessão de liberdade provisória ao jovem agricultor, o que foi aceito pelo juiz. A defesa não se opôs e solicitou que as medidas fossem aplicadas sem fiança.
Ao final, o juiz concedeu a liberdade provisória ao custodiado, impondo algumas medidas cautelares, como a necessidade de manter o endereço atualizado e a proibição de se ausentar da comarca por mais de 15 dias sem autorização judicial. O policial que deveria garantir a ordem, agora estava sob investigação, e a história se espalhou rapidamente pela cidade.
O caso virou conversa de esquina, com o povo comentando sobre como a justiça tem seus caminhos imprevisíveis. O agricultor saiu da audiência em liberdade, enquanto o policial, inesperadamente, acabou como o foco das atenções por sua atitude desmedida.