TCE-PE mira contratos públicos, aposentadorias e irregularidades em licitações no Estado
O Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) publicou nesta terça-feira (29) uma nova edição do seu Diário Eletrônico, trazendo uma série de decisões da Segunda Câmara que abrangem julgamentos de aposentadorias, pensões, auditorias, medidas cautelares e processos de gestão fiscal em diversos municípios e órgãos públicos do estado.
Entre os destaques está o reconhecimento do Selo UNICEF, uma iniciativa voltada ao incentivo de políticas públicas voltadas para crianças e adolescentes no Semiárido e na Amazônia Legal. O TCE-PE reforça seu apoio à causa, com engajamento institucional na avaliação de ações municipais que visam garantir os direitos dessa população.
Medidas cautelares negadas
A edição também trouxe uma série de pedidos de medidas cautelares negados:
- Secretaria de Administração de Pernambuco: Representação da empresa MAB Global do Nordeste Ltda. foi rejeitada, com o TCE reconhecendo a adequação das justificativas técnicas da secretaria.
- Prefeitura de Saloá: O pedido do Ministério Público de Contas para suspender contrato com escritório de advocacia foi indeferido, mas será aberta auditoria especial para apurar o caso.
- Caruaru: Duas medidas cautelares envolvendo pregões eletrônicos foram negadas. O tribunal apontou ausência de fundamentos robustos.
- Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE) e o próprio TCE-PE também tiveram pedidos cautelares contra atos administrativos negados, ambos movidos pelo SINAENCO (Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva), por ausência de urgência e base jurídica adequada.
Aposentadorias: maioria julgada legal
Diversos atos de aposentadoria foram analisados, com a grande maioria julgada legal e com concessão de registro:
- FUNAPE (Fundação de Aposentadorias e Pensões do Estado) teve uma série de aposentadorias reconhecidas, incluindo casos de Giuseppe Sarto, Javanci Jordão, Rosana Gouveia e outros. Um recurso anterior que havia julgado ilegal uma pensão foi revertido, dando provimento ao recurso.
- Também foram considerados legais atos de aposentadoria em órgãos como o TJPE, RECIPREV, BODOCÓPREV, IPSEC, ITAQUIPREV, CARUARUPREV e prefeituras de Iguaracy, Parnamirim, Bonito, entre outras.
- Em sentido oposto, a Prefeitura de Camaragibe teve um ato julgado ilegal. A aposentadoria de Umbelina Martins foi negada por inconsistências no cargo e ausência de respaldo legal. A autoridade responsável deverá anular o ato.
Auditorias revelam falhas e resultam em sanções
Diversas auditorias especiais de conformidade resultaram em responsabilizações e recomendações:
- Na Autarquia de Limpeza Urbana do Recife, houve julgamento de irregularidade por inabilitação indevida de empresa. Três gestores foram responsabilizados.
- Em Bom Jardim, a auditoria foi julgada regular com ressalvas. Houve recomendação para melhor controle do uso de maquinário da CODEVASF.
- Em São João, foram aplicadas multas e exigida a regularização de processos relacionados a medicamentos. A auditoria apontou falhas na gestão de estoques, nomeação de farmacêutico e alimentação do Banco de Preços em Saúde (BPS).
- Em Venturosa, uma auditoria também foi considerada regular com ressalvas, mas um recurso de aposentadoria foi negado, mantendo o ato como ilegal.
Recursos ordinários
O TCE-PE também julgou recursos administrativos:
- Condado obteve decisão favorável com reconhecimento da legalidade de uma aposentadoria anteriormente negada.
- Já Venturosa, como citado, teve recurso indeferido, mantendo o julgamento pela ilegalidade do ato.
Leia abaixo a íntegra do documento:
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