Tem de tudo na eleição da OAB

Por Nill Júnior

Desde o início da disputa à presidência da OAB Pernambuco,  é difícil enxergar elementos que a diferenciem de uma campanha convencional.

Claro, a disputa se dá entre advogados.  Seja entre os postulantes ou entre os votantes,  isso muda apenas os estereótipos: saem as camisas de cores identificadas com os candidatos, entra o terno e gravata, essa última, eventual, bem como os trajes femininos mais compostos.

Certamente o palavreado em torno do convencimento também é mais lapidado,  já que o público alvo tem formação acadêmica,  diploma e carteirinha da ordem.

Mas nunca houve tantas semelhanças com o pega pra capar da eleição tradicional: discursos mais inflamados,  série de entrevistas e debates em emissoras,  oposição atacando nome governista,  que por sua vez defende o seu legado, candidato da terceira via criticando os dois projetos, beija mão nas bases do interior e muito mais.

Hoje, outro fenômeno entrou em cena: o da guerra das pesquisas. O Instituto Exatta divulgou que a chapa “Renova OAB”, encabeçada por Almir Reis, tem 48,15% das intenções de votos, quando são contabilizados apenas os votos válidos. Ingrid Zanella aparece com 42,61% e Fernando Santos Júnior fica com 9,24%.

Já o IPESPE mostra Ingrid Zanella, atual vice-presidente,  na liderança com 43% das intenções de voto. Em segundo, Almir Reis com 37%, seguido por Fernando Santos Júnior, com 7%.

Danousse! Qual instituto está falando a verdade? Parece déjà vu. A gente não estava fazendo a mesma pergunta há um mês e quinze dias atrás?

Pra ficar igualzinha, só falta à campanha ter compra e venda de votos, uso da máquina,  boca de urna e jogo baixo de uma candidatura em relação à outra. Mas claro, advogado tem linha, tem decoro…

Ou será que não falta mais?

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